sexta-feira, abril 08, 2011

Barbárie e infância!

Não gosto de escrever ainda movido pela emoção de algo que me tocou profundamente, mas silenciar nesse momento, seria o mesmo que assitir passivamente disparo a disparo a morte de cada criança e, por fim, do jovem que segundos antes estava travestido de matador em série.

Se ontem, ao final da manhã, al gum aluno me perguntasse se eu tinha visto o ex-aluno que matou 12 crianças, eu perguntaria, onde? Nos Estados Unidos? Não. Agora é aqui.

O Brasil, país tarjado no seu rótulo como tomado pela insegurança e pelo tráfico de drogas, passou a fazer parte do país em que tragédias ilógicas se estabelecem envolvendo crianças.

Chama a atenção o fato de Wellington Menezes de Oliveira não ter simplesmente ter saído atirando contra crianças que assitiam aula ou que brincavam no pátio. Não. Colocou uma a uma, lado a lado, antes de executá-las. Foi frio. Reputo o ocorrido ontem no Rio de Janeiro como este como o fato criminoso de maior medida na história brasileira praticado por uma única pessoa. Talvez, já que se vive o fetiche do rótulo, Welington seja rotulado como o maior assassino do Brasil.

Sem entrar na questão psicológica - agora não faltarão entrevistas querendo traçar o perfil psicológico do assassino, a fim de criar standards - importante não esquecer, a partir daí, que "o maior assassino do Brasil", era primário, não tinha passagens policiais, era um bom aluno, quieto e religioso.

Talvez, a tragédia sirva para limpar das nossas cabeças estereótipos que tanto contribuem para o preconceito e marginalização.

Muita paz para as famílias das vítimas. A dor é inimaginável.

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