O vento dos Campos de Cima da Serra envolvem o andarilho de um misto de frio e aconchego. Próximo a uma sanga, uma mula parada. Ao seu pé um ébrio cochila a pouco se importar com o frio. Faz tempo que está lá.
A cavalgada segue, em meio a campos amarelos, limitados pela aspereza oposta das pedras dos cânions onde nasce uma cascata de pedras negras. A água cristalina lentamente cai.
A vista é ímpar. O silêncio também. Até o vento respeita o nome daquele lugar... Fazenda da Quietude.
Quietude que se basta para limpar a cabeça daqueles que lá aportam, que preenche com novas energias o coração cansado do cavaleiro da armadura de lã.
Mais alguns metros e chegamos à sede, onde o crepitar do fogo da lareira descongela os pés e assa um saboroso carré de ovelha.
Fogão à lenha, tapetes de couro e um chapéu gaudério pendurado. As janelas encarnadas contrastam com o verde da mata nativa... lá no meio desponta uma Araucária...
O lampeão de gás denuncia que a luz elétrica ainda não passa por ali...
Paz!