quinta-feira, março 17, 2011

Acorde, assista e acorde!!!



Só assistindo para compreender o seu significado.
O nome do CARA é NICK VUJICIC.
Assista todos os dias ao acordar e... acorde!
Saludos!!!

CRIMINOLOGIA DE GARAGEM



Tá no "ar" o número zero do "Criminologia de Garagem", um programa que se dispõe a discutir as ciências penais, o ensino jurídico e fatos do cotidiano, regado a muito rock'n roll.

O "número zero" foi apenas um laboratório que realizamos. Gravado em um estúdio para ensaio de bandas em POA, o programa foi filmado pela câmera de segurança do local - criminologicamente apropriado, diga-se de passagem!

A edição foi do Fernando "Mágico" Rotta, que conseguiu resolver inclusive o áudio abafado da gravação, provavelmente oriundo da falta de tratamento acústico adequado das paredes do local.

A ideia sobre o programa me acordou em uma noite de insônia e o Salo (UFRGS) e o Moisés (ULBRA) adoraram e abraçaram-na. Ultimamente, aliás, vem sendo difícil conter a empolgação do Mr. Antiblogdecriminologia.blogspot.com!

Semana que vem gravaremos o número 1. Para isso, gostaria de contar com as críticas e sugestões de todos vocês. O que ficou legal e o que ficou uma merda.

Saudações!

sexta-feira, março 04, 2011

Entre pneus, pedais, velocidade e desaceleração.



O mundo olhou para Porto Alegre na semana que passou. Mais especificamente, para a “cidade baixa”, bairro boêmio, daqueles em que sentimos a cidade pulsando, uma panela de água fervente pronta para a ebulição. Juntamente com o Bom fim, para mim, são os que melhor representam o espírito porto-alegrense, seus vícios, defeitos e virtudes.

Ali, em uma de suas ruas movimentadas, a célula do movimento “Massa Crítica” organizara uma manifestação no sentido de conscientizar as pessoas da necessidade de uma nova utilização do espaço urbano, privilegiando bicicletas em detrimento de automóveis. O grupo tem origem no início dos anos 90, na cidade de São Francisco, nos Estados Unidos. De lá, passou a ser replicado no resto do mundo.

Como de hábito, na última sexta-feira de cada mês, sai o “Massa Crítica” pelas ruas de várias cidades do mundo para celebrar as bicicletas em uma tentativa de chamar atenção das autoridades públicas acerca da necessidade de uma racionalização do espaço público para a utilização de meios de transporte não poluentes, como as magrelas.

Em meio ao "passeio", um motorista aparentemente enfurecido avançou contra os ciclistas, colhendo mais de uma dezena e deixando chocadas as pessoas que participavam e que depois assistiram as cenas. Felizmente, não houve mortes. A partir daí, a dificuldade de compreensão, somada ao anseio de crucificação do motorista em praça pública ocupou os principais espaços de discussão da cidade. O discurso comum é o de que a atitude é injustificável e incompreensível.

Discordo. O ocorrido é compreensível. Mas não é aceitável. É o reflexo de uma cultura estabelecida há muito tempo. Sempre me recordo de um desenho da Disney que assisti algumas vezes na casa da minha avó nos domingos pela manhã, antes do início da década de oitenta. O fantástico youtube promoveu o meu reencontro com essa história protagonizada pelo Pateta e que para mim, explica boa parte do ocorrido. Detalhe: o vídeo é de 1950.

A autossuficiência dos motoristas, somadas às neuroses do cotidiano, à exigência da pressa e a uma constelação negativa de fatos – à “Dia de Fúria”, pode nos permitir compreender o ocorrido. Aceitar ou justificar não, mas compreender sim.

Entendo que o desafio de cada um é, apesar da violência da conduta, não sairmos com tochas e capuzes brancos atrás dos culpados para a execução pública.