quarta-feira, abril 13, 2011

Homenagem ao dia do beijo.



Em homenagem ao chamado "Dia do Beijo", vai o reloaded de um texto antigo.

Qual o gosto?

Desde que nascemos, quase sem percebermos, nossa vida orbita a partir da língua. Não da língua falada, mas deste músculo mágico que nos faz sentir sabores doces, amargos, azedos, salgados, ou, até mesmo, inidentificáveis.
Desde o momento em que colocamos nossos lábios no seio de nossas mães, passamos a sentir, enquanto sorvemos, o sabor da vida. Passamos pelos doces, balas, sorvetes, biscoitos e rapaduras que transformam nossa boca no centro mundial do açúcar. Saímos da infância, ingressamos na adolescência e caímos dentro da boca de alguém.
Exatamente, falo do beijo, de línguas de sabores diversos acariciando-se lenta e ritimadamente (ou não), sem pressa, sem compromisso, relógio ou preocupações. Naquele momento, lábios, bocas, saliva e sabor. Muito sabor.
Qual o gosto do beijo?
Depende do momento, não basta apenas a sensibilidade das papilas gustativas, tudo o que, mais uma vez, orbita ao redor da boca interfere no paladar. O beijo roubado, o beijo mordido, o beijo forçado, o beijo feroz, o beijo na orelha, no pescoço, no ombro, nas costas...
O beijo pode ser doce, amargo, áspero, ritmado ou sem compasso, luminoso, melecado, macio ou aguado, não importa. Cada um tem seu sabor. Mas qual o gosto do beijo ideal?
Não é a pasta de dentes ou o chiclete que fazem a diferença, mas o abraço, o carinho, o afagar ou puxar cabelos, a respiração ofegante, o que ouvimos, vemos, cheiramos, a energia magnética que os corpos entrelaçados se transmitem. Enfim, o gosto do beijo depende da abertura de todos os sentidos.
Assim, descobriremos que o gosto do beijo ideal é o gosto da vida.
Beije, cheire, ouça, veja, sinta, descubra seus sentidos e dê maior sentido à vida.

sábado, abril 09, 2011

Criminologia de Garagem n. 1 - no Ar!



Tá no ar o Criminologia de Garagem n.1.
Tema: O que é criminologia?
Que desfrutem.

sexta-feira, abril 08, 2011

Barbárie e infância!

Não gosto de escrever ainda movido pela emoção de algo que me tocou profundamente, mas silenciar nesse momento, seria o mesmo que assitir passivamente disparo a disparo a morte de cada criança e, por fim, do jovem que segundos antes estava travestido de matador em série.

Se ontem, ao final da manhã, al gum aluno me perguntasse se eu tinha visto o ex-aluno que matou 12 crianças, eu perguntaria, onde? Nos Estados Unidos? Não. Agora é aqui.

O Brasil, país tarjado no seu rótulo como tomado pela insegurança e pelo tráfico de drogas, passou a fazer parte do país em que tragédias ilógicas se estabelecem envolvendo crianças.

Chama a atenção o fato de Wellington Menezes de Oliveira não ter simplesmente ter saído atirando contra crianças que assitiam aula ou que brincavam no pátio. Não. Colocou uma a uma, lado a lado, antes de executá-las. Foi frio. Reputo o ocorrido ontem no Rio de Janeiro como este como o fato criminoso de maior medida na história brasileira praticado por uma única pessoa. Talvez, já que se vive o fetiche do rótulo, Welington seja rotulado como o maior assassino do Brasil.

Sem entrar na questão psicológica - agora não faltarão entrevistas querendo traçar o perfil psicológico do assassino, a fim de criar standards - importante não esquecer, a partir daí, que "o maior assassino do Brasil", era primário, não tinha passagens policiais, era um bom aluno, quieto e religioso.

Talvez, a tragédia sirva para limpar das nossas cabeças estereótipos que tanto contribuem para o preconceito e marginalização.

Muita paz para as famílias das vítimas. A dor é inimaginável.