Viver de forma a querer a mesma vida sempre. É o desafio que se impõe.
A celebração da vida e o entusiasmo em usufruí-la exigem o questionamento acima. Imagine-se sentado sobre o seu próprio caixão observando as pessoas chegarem para dar simbolicamente o último “olá” ou, melhor, o verdadeiro “adeus”, e descortinando-se duas opções: a eternidade do espírito (caso, de fato, exista) ou recomeçar a viver.
Certamente, a partir do medo do inexorável, a morte – paradoxalmente a única certeza da vida – optar-se-ia por viver de novo. Contudo, quando hipoteticamente dá-se tal opção (viver de novo), geralmente, sente-se o desejo de consertar o passado, corrigir os erros, não realizar determinados atos ou de tomar decisões em momentos que escaparam por entre os dedos.
Não seria tão fácil. O desfio que se impõe é se cada um de nós estaria disposto a repetir. Isso! Reprisar, na íntegra, o roteiro de sua vida, sem alterações, com os mesmos equívocos, acertos, vitórias, derrotas, ações e omissões. Os mesmos cavalos encilhados que deixamos passar continuarão passando. As mesmas barcas furadas que tripulamos afundarão. O doce, o amargo e o azedo de nossa caminhada. As oportunidades perdidas serão novamente postas à nossa mesa e tomaremos a decisão errada; atos de bravura e covardia, todos idênticos. Dores, alegrias... tudo igual. Ou seja, verificar se morremos na hora certa.
Morrer na hora certa significa viver o melhor possível para só então morrer. Não deixar nada por viver e querer a mesma vida para sempre. Repetir nossas angústias com a certeza de que ao final teremos curtido cada momento de dor até alcançar o sentimento de sua superação e a conseqüente sensação ímpar de bem estar. Termos as mesmas recompensas mais uma vez.
Intensificar a vida talvez seja a mensagem que se pretende passar. Olhar o futuro, breve ou longínquo, e ter perspectivas, sonhar... mirar o relógio como mais um detalhe que apenas nos afasta temporariamente do que realmente queremos e optamos, pois efetivamente vale a pena e vamos alcançar, ou, ao menos, termos a certeza de que fizemos o possível e fazer o possível é sempre algo a nos preencher de sentido.
Não deixe nada por viver. Celebre a vida ou tome um café com Zaratustra e faça a sua leitura.
A celebração da vida e o entusiasmo em usufruí-la exigem o questionamento acima. Imagine-se sentado sobre o seu próprio caixão observando as pessoas chegarem para dar simbolicamente o último “olá” ou, melhor, o verdadeiro “adeus”, e descortinando-se duas opções: a eternidade do espírito (caso, de fato, exista) ou recomeçar a viver.
Certamente, a partir do medo do inexorável, a morte – paradoxalmente a única certeza da vida – optar-se-ia por viver de novo. Contudo, quando hipoteticamente dá-se tal opção (viver de novo), geralmente, sente-se o desejo de consertar o passado, corrigir os erros, não realizar determinados atos ou de tomar decisões em momentos que escaparam por entre os dedos.
Não seria tão fácil. O desfio que se impõe é se cada um de nós estaria disposto a repetir. Isso! Reprisar, na íntegra, o roteiro de sua vida, sem alterações, com os mesmos equívocos, acertos, vitórias, derrotas, ações e omissões. Os mesmos cavalos encilhados que deixamos passar continuarão passando. As mesmas barcas furadas que tripulamos afundarão. O doce, o amargo e o azedo de nossa caminhada. As oportunidades perdidas serão novamente postas à nossa mesa e tomaremos a decisão errada; atos de bravura e covardia, todos idênticos. Dores, alegrias... tudo igual. Ou seja, verificar se morremos na hora certa.
Morrer na hora certa significa viver o melhor possível para só então morrer. Não deixar nada por viver e querer a mesma vida para sempre. Repetir nossas angústias com a certeza de que ao final teremos curtido cada momento de dor até alcançar o sentimento de sua superação e a conseqüente sensação ímpar de bem estar. Termos as mesmas recompensas mais uma vez.
Intensificar a vida talvez seja a mensagem que se pretende passar. Olhar o futuro, breve ou longínquo, e ter perspectivas, sonhar... mirar o relógio como mais um detalhe que apenas nos afasta temporariamente do que realmente queremos e optamos, pois efetivamente vale a pena e vamos alcançar, ou, ao menos, termos a certeza de que fizemos o possível e fazer o possível é sempre algo a nos preencher de sentido.
Não deixe nada por viver. Celebre a vida ou tome um café com Zaratustra e faça a sua leitura.
Oi Filipe, td bem? Postei o comentário abaixo no lugar devido (no espaço para comentários do post de Sábado, Novembro 03, 2007:
ResponderExcluirMenino invisível), mas não sei como funciona o blogspot e se receberás aviso sobre o comentário num post do ano passado. Por isso, reproduzo-o aqui. Grande abraço.
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Fala professor!
Interessante a crítica que fizeste, principalmente na parte em que tentas demonstrar o quanto é cruel negar àquele que está do outro lado do vidro - que é muito mais (menos?) do que o grande Outro da psicanálise - a condição de ser humano, digno de nossa mais mínima atenção. Faço, contudo, uma crítica à tua crítica, se me permites:
Compremos balas de goma
Há, não nego, meninos vendendo balas em semáforos e sendo tratados como não-humanos, como sujeitos desprovidos de direitos, quaisquer que sejam. Há também, do outro lado, os que se fecham em seus carros importados e negam não somente o dinheiro pedido em troca do pacotinho de balas de goma, mas também o direito daquele que está do lado de fora de receber ao menos uma resposta negativa, conferindo-lhe status de gente. Há, igualmente, os que se locupletam do dinheiro público e impedem que esses mesmos meninos tenham o mínimo que lhes seria devido, por obrigação moral e jurídica. Há os que desviam verbas de escolas e hospitais e compram, em Ilhabela, Búzios, ou quiçá, em Jurerê Internacional, casas de 1 milhão de reais. Há, outrossim, os que assistem a tudo isso e não se espantam, nem se incomodam, seja por se sentirem impotentes diante de um estado de coisas que parece se estender de há séculos, seja por pensarem que logo poderão passar da posição de críticos à de criticados. Não nego que haja, em tudo isso, uma lógica perversa do “não é comigo”, do “o governo que faça alguma coisa”. Não nego que haja falta de alteridade e sobra de egoísmo, falta de espírito crítico e sobra de comodismo hipócrita, falta de participação política e sobra de “já chega” (ver o nome certo da campanha iniciada pela OAB), falta de humanidade, enfim, e sobra de objetos, de seres reificados, feito máquinas, como que extensões de seus próprios carros e aparelhos celulares. Há, de fato, tudo isso, e nada disso parece justificável, por nenhum ponto de vista, sob nenhum aspecto.
Não estamos autorizados a dizer, contudo, que os meninos dos semáforos de hoje não tenham de, passados alguns anos, respeitar-nos em nossa humanidade, pelo simples fato de que essa condição lhes tenha sido negada algum dia. Não é possível defender que, como reação natural e justificada por tudo quanto sofreram, passem a nos oferecer balas de chumbo, em vez das antigas e inocentes balas de goma. Não é possível justificar o crime como uma relação de causa e efeito que não é, em absoluto, provável. Mais do que isso, a lógica do “eles são assim por tua culpa, ó, tu, que comes bem, andas asseado e estudas em escola particular e não os ajudas em nada” não contribui em nada para a mudança da realidade caótica de nossas cidades. Ao contrário, esse tipo de argumento só serve para promover a luta de classes, e não em um sentido politizado e racional, voltado para o aprimoramento do debate político democrático e a construção de uma nação mais justa, mas no pior sentido possível: o sentido de insuflar o ódio e de retirar da consciência de uns a culpa que se introjeta no pensamento de outros.
Se quisermos fazer um alerta geral sobre os problemas que nos cercam e promover o debate sobre as nossas mazelas sociais, temos de, necessariamente, falar em termos de políticas públicas e de responsabilidade social. Em outras palavras, temos de identificar o problema do ponto de vista da atuação estatal e de nossa parcela de responsabilidade pela manutenção desse estado de coisas; temos de fomentar o debate público e a conscientização política; temos de tentar afastar o conformismo e o distanciamento hipócrita; temos de conclamar a todos para a devida retomada das rédeas de um país que parece se construir à nossa revelia; temos, enfim, de agir, de re-agir, talvez. Talvez seja até o caso de começarmos a falar mais em sociedade civil organizada do que em Estado de providência, mais em façamos nós mesmos, do que em “os políticos não fazem nada”. Talvez seja a hora de reconhecer a ausência não só de uma isonomia material completa, mas também, e essencialmente, a falta, para alguns, da própria condição jurídico-política de sujeito de direitos, de detentores de um mínimo indispensável à condição de “pessoa humana” ou mesmo de cidadãos, inseridos no contexto de um Estado-nação e, por isso, titulares de liberdades e garantias públicas essenciais. Talvez seja a hora, mesmo, de fazermos alguma coisa além de simplesmente teorizar sobre o assunto.
Seja como for, não nos é dado justificar o injustificável, implementar o ódio de classes, o olho-por-olho, a naturalização do crime e a crucificação do cidadão que anda em seu carro e tem medo de que lhe sejam oferecidos nos semáforos, desde já, as balas de chumbo que, conforme se diz, serão a moeda de troca para o que se fizer dos meninos de hoje.
10/2/2008
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É claro que o problema não é fácil de ser resolvido, nem pode se resumir à frialdade do discurso acadêmico ou ao artificialismo do debate político-partidário. Falo, pois, de um debate político como o debate que deve ser implementado nas mais variadas instâncias da sociedade, feitos com base em uma percepção do problema político que subjaz a todos os demais problemas. Falo, enfim, de política no sentido geral propugnado por Brecht em “o analfabeto político” e em outros textos.
É claro, também, que a atitude de quem age do modo que descreveste é, como bem afirmaste, cruel e desumana. Não defendo, pois, que se haja dessa forma. Nem eu mesmo o faço. Pelo contrário, não me nego a dar àquele que me pede, nem do lado de fora do carro, nem do portão de casa, algum dinheiro, algo que comer, vestir, o que seja. Mas é difícil deixar de dizer que o faço sabendo o quanto é inútil e, mais do isso, humilhante e, em certa medida, “desumanizador”. É que “dar” diretamente parece ser, muitas vezes, algo como reconhecer naquele que nos pede a condição de cidadãos se segunda classe, de pessoas menos dignas, de pais menos capazes, de filhos menos merecedores de alimento, carinho, cuidado, etc. É difícil negar, enfim, o quanto me sinto envergonhado, não por eu estar onde eu estou, mas por ele estar onde está. Por isso, defendo que é só por meio da política social que as mudanças reais podem acontecer.
(Está bem: como sociedade civil organizada podemos fazer alguma coisa para amenizar parte dos problemas, dividir riquezas e congregar classes cindidas. Para isso, entretanto, teríamos de ter um Estado menor e que fizesse bem o pouco para o que se voltasse. Não defendo um Estado mínimo liberal, mas penso que, se o Estado social está falido e não presta os serviços a que se propõe, deve ser revisto e, quicá, reduzido, ou deve ser “refundado” sobre novos fundamentos. O que não é possível é continuarmos a ver o que vemos: um Estado máximo, enraizado em todas as instâncias da vida social, que toma para si parcela imensamente grande da renda e que se mostra incapaz de prestar os serviços sociais mais básicos, que continuam a ser, aliás, o seu fim declarado. O que acaba acontecendo, diante desse estado de coisas, é que as ONG’s, as associações civis sem fins lucrativos e os demais grupos organizados para defesa disso ou daquilo acabam se tornando parte do Estado, recebendo não só isenções fiscais, mas também aportes financeiros diretos, sem controle e sem garantia de sua aplicação – basta ver as notícias recentes sobre desvios de verbas na ONG’s e as “trocas” havidas em torno dos cargos criados dentro dessas organizações supostamente não-estatais).
É claro, outrossim, que os meninos de hoje costumam se tornar os delinqüentes de amanhã, e que, muitas vezes, são impelidos a isso pelas péssimas condições financeiras e pela falta absoluta de perspectivas de melhoria de vida. Não é possível esquecer, todavia, que atualmente a criminalidade está intimamente ligada ao problema do tráfico de drogas - que é, sem dúvida, um subproduto da miséria, ao menos naquilo que se relaciona com os traficantes de pequeno e médio porte –, à falta absoluta de valores de uma sociedade de consumo em que impera o dogma do “prefiro viver 10 anos a mil do que mil anos a 10”, ao esquecimento da relação “trabalho X esforço X tempo X resultado”, ao hedonismo que a tudo subjaz, enfim, à corrupção moral de toda a sociedade. Talvez seja por conta disso que escutemos, com tanta freqüência, que já não temos tantos crimes famélicos, mas muitos crimes relacionados a drogas ou a tentativas de enriquecer rápido e a todo custo.
É claro, por fim, que o não-abrirem os vidros aos meninos nos sinais implementa a raiva e a revolta, mas não menos claro é que a atitude contrária pouco faz mudar o problema, porque a raiva e revolta não é por não lhe comprarem balas, mas por lhe negarem o direito de estar do lado de dentro dos vidros. E isso, caro amigo, é que não sei como, nem se é possível, mudar. Afinal, parece que, como diria Fernando Pessoa, haverá sempre uma coisa denfronte da outra, uma coisa sobre a outra, sempre uma coisa tão inútil como a outra.
De todo modo, deixo aí embaixo um poema de Brecht, que parece ir na linha do que escreveste e que é muito bom. Grande abraço e até abril.
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Ei-lo:
A infanticida Marie Farrar
Bertold Brecht(1898-1956)
Poemas do Manual de devoção de Bertolt Brecht - Tradução de Paulo César de Souza
1
Marie Farrar, nascida em abril, menor
De idade, raquítica, sem sinais, órfã
Até agora sem antecedentes, afirma
Ter matado uma criança, da seguinte maneira:
Diz que, com dois meses de gravidez
Visitou uma mulher num subsolo
E recebeu, para abortar, uma injeção
Que em nada adiantou, embora doesse.
Os senhores, por favor, não fiquem indignados.
Pois todos nós precisamos de ajuda, coitados.
2
Ela porém, diz, não deixou de pagar
O combinado, e passou a usar uma cinta
E bebeu álcool, colocou pimenta dentro
Mas só fez vomitar e expelir
Sua barriga aumentava a olhos vistos
E também doía, por exemplo, ao lavar pratos.
E ela mesma, diz, ainda não terminara de crescer.
Rezava à Virgem Maria, a esperança não perdia.
Os senhores, por favor, não fiquem indignados
Pois todos nós precisamos de ajuda, coitados.
3
Mas as rezas foram de pouca ajuda, ao que parece.
Havia pedido muito.
Com o corpo já maior
Desmaiava na Missa. Várias vezes suou
Suor frio, ajoelhada diante do altar.
Mas manteve seu estado em segredo
Até a hora do nascimento.
Havia dado certo, pois ninguém acreditava
Que ela, tão pouco atraente, caísse em tentação.
Mas os senhores, por favor, não fiquem indignados
Pois todos nós precisamos de ajuda, coitados.
4
Nesse dia, diz ela, de manhã cedo
Ao lavar a escada, sentiu como se
Lhe arranhassem as entranhas. Estremeceu.
Conseguiu no entanto esconder a dor.
Durante o dia, pendurando a roupa lavada
Quebrou a cabeça pensando: percebeu angustiada
Que iria dar à luz, sentindo então
O coração pesado.
Era tarde quando se retirou.
Mas os senhores, por favor, não fiquem indignados
Pois todos nós precisamos de ajuda, coitados.
5
Mas foi chamada ainda uma vez, após se deitar:
Havia caído mais neve, ela teve que limpar.
Isso até a meia-noite. Foi um dia longo.
Somente de madrugada ela foi parir em paz.
E teve, como diz, um filho homem.
Um filho como tantos outros filhos.
Uma mãe como as outras ela não era, porém
E não podemos desprezá-la por isso.
Mas os senhores, por favor, não fiquem indignados.
Pois todos nós precisamos de ajuda, coitados.
6
Vamos deixá-la então acabar
De contar o que aconteceu ao filho (Diz que nada deseja esconder)
Para que se veja como sou eu, como e você.
Havia acabado de se deitar, diz, quando
Sentiu náuseas. Sozinha
Sem saber o que viria
Com esforço calou seus gritos.
E os senhores, por favor, não fiquem indignados
Pois todos precisamos de ajuda, coitados.
7
Com as últimas forças, diz ela
Pois seu quarto estava muito frio
Arrastou-se até o sanitário, e lá (já não sabe quando) deu à luz sem cerimônia
Lá pelo nascer do sol. Agora, diz ela
Estava inteiramente perturbada, e já com o corpo
Meio enrijecido, mal podia segurar a criança
Porque caía neve naquele sanitário dos serventes.
Os senhores, por favor, não fiquem indignados
Pois todos nós precisamos de ajuda, coitados.
8
Então, entre o quarto e o sanitário diz que
Até então não havia acontecido a criança começou
A chorar, o que a irritou tanto, diz, que
Com ambos os punhos, cegamente, sem parar
Bateu nela até que se calasse, diz ela.
Levou em seguida o corpo da criança
Para sua cama, pelo resto da noite
E de manhã escondeu-o na lavanderia.
Os senhores, por favor, não fiquem indignados
Pois todos nós precisamos de ajuda, coitados.
9
Marie Farrar, nascida em abril
Falecida na prisão de Meissen
Mãe solteira, condenada, pode lhes mostrar
A fragilidade de toda criatura. Vocês
Que dão à luz entre lençóis limpos
E chamam de abençoada sua gravidez
Não amaldiçoem os fracos e rejeitados, pois
Se o seu pecado foi grave, o sofrimento é grande.
Por isso lhes peço que não fiquem indignados
Pois todos nós precisamos de ajuda, coitados.
Grande João,
ResponderExcluirO objetivo do texto é, justamente, sacudir. Não espero que as pessoas concordem ou discordem do meu posicionamento, sinto-me realizado quando se põem a refletir sobre a temática apresentada. Concordo em alguns pontos contigo, mas não penso em soluções estatais ou comunitárias, as respostas estão em cada um de nós, individualizadas. E as práticas individuais é que possibilitam a mudança. Apenas para deixar claro, não defendi que se compre as balas, mas que se reconheça em quem oferece uma pessoa, tal qual nós. O ato de doar se constitui em uma forma muito maior de aplacar a nossa culpa do que de, sinceramente, melhorar a situação do próximo. Não conhecia o poema. Genial. Grande abraço.