A viagem para aprimorar o seu domínio sobre a língua francesa na Université de Caen Basse-Normandie tinha cumprido o objetivo. Tinha saudade das coisas do Brasil, mas antes de retornar sentia a necessidade de viajar um pouco. Sua inquietação pelo desconhecido se representava por um frio permanente na barriga. Tinha ganas de tornar próximo o que parecia tão alheio.
Tomou o desjejum, escovou os dentes no banheiro coberto por pastilhas de porcelana verdes e brancas, vestiu-se lindamente, como de hábito, e saiu. O curso ficava a quase duas horas de sua casa. Tinha necessidade de estar perto do mar e, por isso, morava longe de Caen. Precisava, às seis horas de cada dia, ao acordar, sentir a brisa e o cheiro da maresia. Aquilo lhe energizava. Era dela dependente.
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