Som alto, jornal aberto sobre a mesa da copa e duas torradas de pão de centeio com cottage e mel, como seu pai costumava fazer desde os tempos em que escalava a cadeira forrada com veludo marrom da sala de jantar e ajoelhava-se para, não só alcançar o que lhe ofereciam, mas, principalmente, para melhor participar do café da manhã e pegar o que nem sempre lhe era permitido. Desde pequena, comandava a mesa.
Tinha mais de vinte e menos de trinta, mas pouco importava a sua idade, ao menos ninguém perguntava, pois sua luz era própria de quem ultrapassa o tempo sem vínculos necessários com ele.
Havia alguns anos que estava longe de casa, de seus pais e de seu país. A vista do mar de Le Moularderie, embora bela, trazia lembranças de casa e seus olhos, insistentes em refletir o mar, às vezes a traíam com uma gota salgada.
Talvez já fosse a hora de voltar.
Felipe querido, que alegria voltar a me deleitar com teus
ResponderExcluirescritos.Tia Osmilda foi marcante mesmo! O conto, delicioso. Gostaria que me recomendasses umas leituras!
VIDA me emocionou,é muito lindo. Que bom que consegues por tudo no papel. Eu penso, mas não sei me expressar.
MARISA.